Estamos de volta, mas credo, que saudade. O Chê cervejeiro não pode dormir na encilha senão o pingo dispara de toda a pata.
Vamos falar de sabor, amargor, aroma. Sabe aquelas pessoas que dizem ao beber aquela cerveja bem industrializada, com volumes altíssimos de produção: “Bah essa cerveja é muito forte”! Bueno na verdade as papilas gustativas dela é que estão descalibradas ou não sabe o que é forte e fraco na composição de uma bela bebida dos vikings.
Primeiro precisamos explicar que existem vários estilos e tipos de cerveja, com diferentes características como: teor alcoólico, aroma, amargor e cor.
Lembremos que a cerveja é uma bebida fermentada, a base de água, malte, lúpulo e fermento.
Existem basicamente duas grandes famílias de cerveja as Lagers e as Ales, que são diferenciadas pela cor, teor alcoólico e a fermentação. Depois disso vem os estilos e subestilos. É como a maminha por exemplo, tem a assada, a frita na panela, a picada para outro tipo de prato, por aí mais ou menos.
As Lager são cervejas de maior teor de carbonatação, por esse motivo mais atraente ao público em geral. O fermento atua sobre a bebida com temperaturas mais baixas, entre 6 e 12 graus.
A mais queridinha e conhecida de todos da família das Lager é a Pilsen (Pilsner), como a composição da cerveja já falamos anteriormente, essa é a mais difundida porque o insumo mais barato para as cervejarias que é a água tem grande espaço nessa cerveja, afinal ela é clara, com baixo corpo e fácil de beber. Além da maioria ter um amargor baixo, sendo aceita pelo grande público.
Nessa família ainda tem: American Lager, Premium Lager, Helles, Dortmunder Export e a Japanese Rice Lager.
No estilo Dark Lager, que são cervejas escuras, temos: Munich Dunkel, American Dark Lager, Malzbier, Schwarzbier e as Bock com a Tradicional Bock, Doppelbock, Helles Bock e as European Lager: Vienna e Marzen Lager.
A família das Ale, que tem um processo de fermentação em temperaturas mais elevadas (entre 15 e 24 graus) em curtos cinco dias.
As Ale foram as queridinhas até meados do século XIX perdendo seu posto apenas quando inventaram as cervejas de baixa fermentação, conhecida também por fermentação quente, desperta os variados sabores dos conteúdos da cerveja, lúpulo, e frutas se tornam mais acentuados.
São cervejas mais encorpadas e o seu sabor varia entre o doce ao amargo e sua cor também acompanha o ritmo variando das mais claras até as mais escuras. Por estas razões é que existem diferentes sub estilos dentro da Ale, tamanho é o seu poder de variação.
Estilos da família das Ale: American Pale Ale, English IPA, American Amber Ale, American Strog Ale e as com trigo.
Nas estilo Trigo temos as de fermento puro e as láctea. Nesse estilo temos a Weissbier, Hefeweizen, Dunkelweizen, Weizenbock, Witbieer e a Berliner Weisse.
Ainda temos as mais escuras, estilo Porter e Stout. A Stout traz consigo ainda a Dry Stout, American Stout, Sweet Stout, Oatmeal Stout e a Russian Imperial Stout.
Por último temos a família Lambic, classificada como uma terceira categoria nos tipos de cerveja por sua fermentação, que é espontânea e causa pelas leveduras selvagens do ambiente. Suas características estão mais interligadas às regiões em que são fabricadas e também seus tanques de produção são abertos. Sim, algo bem natural e até rústico.
São cervejas claras, ácidas e também maturadas em madeira. Seu gosto é mais azedo e seu aroma vai desde os frutados aos cítricos e são consideradas o tipo de cerveja mais antigo existente no mundo.
Nessa família temos: Gueuze, Faro, Fruit Lambic e a Straight Lambic.
Bueno essa é uma migalha da quantidade de informação que o mundo do Chê cervejeiro pode trazer pra vocês. Seja qual o estilo, cerveja forte não tem a ver com cerveja amarga, isso é coisa do lúpulo, mas que servirá de papo pra uma próxima conversa... Gela a goela e te afirma gelatina!!!!
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